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Pesquisa mostra que quase 20% dos Brasileiros utilizam o celular enquanto dirigem

Dados do Ministério da Saúde revelaram que 19,3% da população das capitais brasileiras usam o celular enquanto dirigem. Isso significa que de cada cinco pessoas, uma afirmou que comete esse ato. A informação é do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada no dia (24). O ministério alertou ainda que os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de mortes externas no país.

A pesquisa também mostrou que as pessoas com idades entre 25 e 34 anos (25%) e com maior escolaridade (26,1%), com 12 anos de estudo ou mais, são as que mais assumem esse comportamento de risco. Os motoristas com nível superior também são os que mais recebem multas por excesso de velocidade e que associam o consumo de bebida alcoólica e direção.

O Vigitel é uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde que, desde 2006, monitora diversos fatores de risco e proteção relacionados à saúde, incluindo a temática de trânsito nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. Nesta edição foram entrevistadas por telefone 52.395 pessoas, maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro de 2018.

As capitais que apresentaram maior percentual de uso de celular por condutores foram Belém (24%), Rio Branco (23,8%) e Cuiabá (23,7%), seguido por Vitória (23,3%), Fortaleza (23,2%), Palmas (22,4%), Macapá e São Luís (22,3%). Por outro lado, as capitais com menor uso de celular durante a condução de veículo foram: Salvador (14,1%), Rio de Janeiro (17,1%), São Paulo (17,2%) e Manaus (17,7%).

Além do uso do celular associado à direção, a pesquisa abordou também outros três importantes indicadores para a ocorrência de acidentes de trânsito: consumo abusivo de álcool abusivo, consumo de álcool em qualquer dose e multa por excesso de velocidade.

Velocidade

O Vigitel 2018 mostra que 11,4% da população entrevistada afirmou já ter recebido multas de trânsito por excesso de velocidade. O comportamento de risco foi identificado mais em homens (14%) do que em mulheres (7%), na população de 25 a 34 anos (13,4%), e de maior escolaridade (13%).

O Distrito Federal é a capital com a maior proporção de casos (15,6%), seguida de Fortaleza (14,5%); Porto Alegre (14,1%); Belo Horizonte (13,7%); e Goiânia (13,6%). Já as capitais com menores índices são Manaus (0,9%); Macapá (2,7%); Belém (5,9%); Campo Grande (6,9%) e Porto Velho (7,1%).

Álcool e direção

A proporção de adultos que informaram que conduziram veículos motorizados após consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica foi de 5,3%, sendo maior entre homens (9,3%) do que mulheres (2%). A associação entre consumo de álcool e direção ocorreu principalmente em indivíduos de maior escolaridade (8,6%) e com idade entre 25 e 34 anos (7,9%).

Dentro desta categoria, as capitais com maior proporção são: Palmas (14,2%); Teresina (12,4%); Florianópolis (12,1%); Cuiabá (9,9%) e Boa Vista (9,3%). Já as com menores prevalências são: Recife (2,2%); Rio de Janeiro (2,9%); Vitória (3,2%); Salvador (3,6%) e Natal (4,2%).

Mortes no trânsito

Os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de mortes externas no país. Em 2017, de acordo com o Ministério da Saúde, 35,3 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito e 166.277 foram internadas. Os gastos com as internações foram de R$ 229,2 milhões. Além das sequelas emocionais, muitos pacientes ficam com lesões físicas, sendo as principais consequências amputações e traumatismo cranioencefálico, segundo a pasta.

Em parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde desenvolve, desde 2010, o Programa Vida no Trânsito, uma resposta do governo brasileiro aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito, cuja meta é reduzir 50% dos óbitos por acidentes de trânsito entre 2011 a 2020. Entre 2010 e 2017, o Brasil reduziu em 17,4% o número de mortes por acidentes de trânsito, passando de 42.844 para 35.374.

Nas capitais que mais se engajaram no programa, houve redução superior à 40%, como: Aracaju (55,8%); Porto Velho (52,0%); São Paulo (46,7); Belo Horizonte (44,7); Salvador (42,7%) e Maceió (42,9%).

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

Tegma busca startups para solucionar dez desafios propostos por colaboradores e clientes

A Tegma, uma das maiores empresas de logística do Brasil, está em busca de soluções inovadoras para o mercado. Para isso, a empresa criou a TegUp Ventures, braço de inovação aberta e aceleradora de startups. Com a iniciativa, a companhia busca potencializar projetos de todo o Brasil com uma série de benefícios: laboratório real para testes, acesso ao networking da empresa, mentoria e espaço de coworking.  

Na edição 2019, a Tegma busca solucionar oito desafios propostos por colaboradores e clientes. Durante todo o período de aceleração, as startups selecionadas estarão em contato com os executivos das empresas de cada desafio proposto, e com os executivos da Tegma. Conheça três dos desafios lançados no programa:

Controle de pressão para cintas de amarração de cargas

A Tegma busca tecnologias que auxiliem na amarração de cintas no transporte de carros. “São quatro cintas por veículos, e o amarrador deve colocar uma pressão nelas. Queremos encontrar uma solução capaz de sinalizar quando a pressão ideal for atingida”, explica Sandro Torres, executivo de operações da Tegma. Segundo o executivo, o objetivo é evitar que as cordas fiquem muito apertadas ou frouxas. “Se possível, buscamos uma tecnologia que também envie alertas ao motorista se alguma cinta se soltar”, explica.

Monitoramento da altura e peso das cargas

Em outro desafio, a Tegma deseja encontrar soluções para controlar altura e peso das cargas e identificar o volume carregado no transporte. A tecnologia deve auxiliar na distribuição correta do peso entre os eixos dos veículos. “Nossa ideia é ter algum tipo de sensor que registre informações sobre qual equipamento está sendo carregado e suas medidas”, ressalta Sandro.

Melhoria no processo de identificação de lacres dos veículos

A Tegma também busca soluções que auxiliem na conferência dos lacres dos veículos usados para transporte de cargas dos clientes. Hoje, ela é feita manualmente. A companhia deseja usar a tecnologia para evitar fraudes e tornar o processo digital, ágil e seguro — com o uso de códigos de barras, aplicativos ou outras plataformas.

Inscrições

Startups de todo o Brasil podem se inscrever para o programa até o dia 14 de julho. Além do controle de cintas e monitoramento das cargas e lacres, a empresa busca soluções para outros cinco desafios: Assistente para roteirização na navegação da frota, Consulta de multas dos veículos, Otimização de inventário de estoque, Aprimoramento do processo de separação de pedidos B2C e Melhoria no processo de separação de pedidos B2C.

Após o período de inscrições, as startups selecionadas passarão pelas fases de Pitch Day com apresentações, escolha dos finalistas e Demo Day com desenvolvimento e execução de piloto. As empresas que mais se destacarem serão aceleradas pela Tegma. Para saber mais, acesse http://www.tegup.com

Crédito: www.startse.com

BENCHMARKING: Tecnologia a serviço do negócio de Transportes

A frota da Sentinel vem usando novas tecnologias para aumentar a segurança de motoristas e veículos há mais de uma década. Hoje, a empresa reúne dados de diversos sensores como: radar, vídeo e freios para criar uma imagem detalhada do que está acontecendo dentro e fora de seus caminhões.

Recentemente, nosso CEO Flávio Batista teve a oportunidade de visitar a Sentinel Transportation LLC, uma empresa sediada em Delaware nos Estados Unidos, que transporta derivados de petróleo em toda a América.

As câmeras presente em toda a frota, juntamente com um processo robusto de treinamento e acompanhamento, mudaram o comportamento dos motoristas, reduziram as faltas de produto e aumentaram a produtividade. O controle de fadiga, incluindo treinamento contínuo e testes de apneia do sono, também fazem parte do programa de saúde e bem estar da Sentinel.

“Passamos vários anos sem um só acidente evitável”, disse o CEO da Sentinel, Adam Gregori. “E isso percorrendo mais de 30 milhões de milhas por ano.”

O Sentinel usa imagens de câmeras na cabine para treinar motoristas e aplicar aprimorar as técnicas de direção. Embora o treinamento e o aprimoramento do motorista sejam os principais objetivos do sistema de câmeras, certas violações, como o uso de celulares, mesmo com as mãos livres, são pecados capitais e causam demissão imediata. Essas violações e suas consequências são claramente explicadas a todos os motoristas logo na contratação bem como em treinamentos e reuniões periódicas.

Depois de uma violação, o motorista tem a oportunidade de ver o vídeo e geralmente concorda que o que ele fez não é seguro, disse o Gerente de Segurança Regional da Sentinel, David Eicher. Os mais de 500 motoristas do Sentinel passam anualmente por uma combinação de treinamento em sala de aula, nos tablets e também dentro do caminhão.

Andy Frisby trabalha no Hartford Terminal da Sentinel no sul de Illinois. Ele dirigiu grandes veículos por 22 anos, os quatro últimos com Sentinela. Ele disse que quando se juntou à empresa, experimentou o choque cultural. Ele teve que se adequar para ser um motorista mais seguro. Na sua oponião, a tecnolodia hoje presente na empresa ajuda os motoristas a garantir que tenham menos exposição ao risco. Ele cita por exemplo: os limitadores de velocidade e o sistema de monitoramento de pneus. “Com os pneus, o sistema monitora a pressão e a temperatura de cada pneu, disse Frisby. “Isso alerta o motorista se um pneu está “baixo ou superaquecido antes de estourar.”

Outro sistema de segurança importante é o dispositivo de frenagem de emergência automática. Estes podem reduzir as colisões traseiras em cerca de 40%, de acordo com estimativas do Instituto de Seguros Americano, e é por isso aqui lá costuma-se dizer que “Segurança faz muito Sentindo também porque faz muitos dólares”.

Implementação de Tecnologia de Segurança Veicular Voluntária

Um acordo de 2016 entre os órgãos federais e as montadoras líderes acelerará a padronização da frenagem de emergência automática em veículos de passageiros, mas infelizmente ainda não é obrigatória em caminhões pesados. “Como indústria, precisamos continuar a dar prioridade maior à segurança”, disse Gregori.

“Há uma percepção de que essas tecnologias e custos adicionais poderiam afetar negativamente a lucratividade e os resultados financeiros gerais da empresa, especialmente dentro de frotas menores”, disse ele. “É um conflito, francamente, em muitas empresas.” Porém este não é o caso da Sentinel.

“Nós já tivemos tempo suficiente para ver o valor inclusive financeiro da segurança a longo prazo”, disse Gregori. “Os sistemas avançados de assistência ao motorista reforçam nossos valores fundamentais e fortalecem nossa mensagem de segurança com os funcionários. Não apenas falamos sobre segurança, acreditamos nela e por isso fazemos a nossa parte implementando dentro de nossos equipamentos o que existe de mais moderno em tecnologia de segurança”.

 

Anunciado parceria entre Volvo e Nvidia com foco em caminhões autonômos

A Volvo e a Nvidia anunciaram, na última terça-feira (18), uma parceria com foco em caminhões comerciais autônomos. As empresas usarão a plataforma Drive de inteligência artificial da Nvidia para testes de processamento de dados de sensores, sistemas de percepção, localização e mapeamento. O objetivo é criar um sistema projetado para lidar com condução totalmente autônoma em vias públicas e rodovias. Segundo as empresas, os veículos poderão ser usados, por exemplo, para o transporte de carga, coleta de lixo e reciclagem e mineração.

Hoje, a Volvo já possui um sistema autônomo para caminhões. A companhia, inclusive, anunciou recentemente uma parceria com a DFDS para entrega sem motoristas. Porém, os veículos circulam em uma rota pré-definida. Com a parceria, a Volvo pretende oferecer um sistema 100% autônomo para qualquer via pública.

“A automação é uma área de tecnologia fundamental para o Grupo Volvo. Com essa parceria, aumentaremos ainda mais nossa velocidade de desenvolvimento e fortaleceremos nossos recursos e ativos de longo prazo, para o benefício de nossos clientes em diferentes segmentos e mercados”, afirmou Lars Stenqvist, diretor de tecnologia do Grupo Volvo, em um comunicado.

A parceria entre a Volvo e a Nvidia será de longo prazo, com alguns anos de trabalho. A parceria inclui o uso de tecnologias para treinamento de redes neurais profundas, simulação em grande escala, testes de hardware e implementação da plataforma Drive em veículos para mapeamento e planejamento de caminhos.

As empresas já começarão a trabalhar no espaço da Volvo em Gotemburgo, na Suécia, e na sede da Nvidia em Santa Clara, na Califórnia.

Fonte: www.startse.com

Proprietário de transportadora é condenado por negligência

Samuel Jutras, empresário e dono da Sciures Jutras, empresa de Saint Césaire, no Canadá, foi condenado pela justiça canadense por negligência, após a morte de um caminhoneiro da empresa, em um grave acidente ocorrido em janeiro deste ano.

O caminhoneiro Sylvain Ferguson, de 53 anos, faleceu após o caminhão que dirigia ficar sem freio no implemento, o que causou o acidente, que ocorreu na Highway 55, próximo à cidade de Poirier Boulevard, em Quebec.

O caminhoneiro realizava o transporte de equipamentos industriais quando sofreu o acidente. De acordo com a investigação, o dono da transportadora, Samuel Jutras, era o responsável pela manutenção dos veículos da empresa, que não foi feita adequadamente. Foi essa negligência do proprietário da empresa que causou o acidente e vitimou Sylvain.

Samuel Jutras irá responder o processo em liberdade, mas será obrigado a manter a manutenção de todos os veículos em perfeitas condições.

Fonte: www.plantaonews.com.br

Divulgado estatísticas de Roubos de cargas em 2018.

Desde 1998, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística divulga anualmente a estatística nacional de roubos de carga. Esse relatório tem como base informações colhidas formal e informalmente. Ao longo de 2018, foi registrado um total de 22.183 ocorrências de roubos de carga pelo país. Já no ano anterior, essa soma chegava a 25.970 casos.

O ano passado mostra uma queda de mais de 3 mil incidentes, cerca de 15%, com relação a 2017. E também é um número menor registrado em comparação com 2016, que apontou 24.550. Mesmo assim, ainda é uma quantidade muito alta de episódios. Os prejuízos foram computados em R$ 1,47 bilhão. Segundo o Presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, “mesmo a pesquisa apontando uma considerável redução se comparado ao ano de 2017, estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e isso não é aceitável”. Fernandes ainda comenta que a redução tem muito a ver com o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro, onde o exército por ordem do governo federal interveio com o objetivo de amenizar a situação da segurança interna, impactando positivamente nos resultados da pesquisa.

“Isso ocorre porque os roubos de carga acabaram se tornando um negócio que formou quadrilhas especializadas no assunto, englobando traficantes de drogas e facções criminosas”, comentou o Vice-presidente para assuntos de Segurança da NTC&Logística, Roberto Mira. Nesse cenário, a região Sudeste é a mais afetada, arcando com 84,79% das ocorrências. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 6,43%; Sul, com 5,69%; Centro-oeste, 2,34%; e por último a região Norte, com 0,75%.

Já analisando os estados dentro da região Sudeste, o campeão de incidentes é o Rio de Janeiro, onde os registros chegaram a 41,39%, seguido por São Paulo, 39,39%. Juntamente com Espírito Santo e Minas Gerais, amargam um total de R$ 937,76 milhões de prejuízo. Logo depois aparece a região Norte, com R$ 238,96 milhões; Sul, com R$ 152,13 milhões; Centro-oeste, com R$ 108,03 milhões; e Norte, atingindo R$ 36,25 milhões. Enquanto o Norte chegou em 2016 ao seu pico de registros com 237 casos, o Sudeste nunca apresentou menos de 16 mil ocorrências.

Apesar desse montante arrasador da região, a queda nacional se deve, no Rio de Janeiro, à intervenção federal na área da segurança, que resultou também na diminuição de casos. Em 2017 essa parte do Brasil sozinha acumulava a soma do país em 2018: 22.212 casos. Já em São Paulo, a forte retração se deve, não ao trabalho policial mas, em especial, ao forte investimento das empresas em tecnologias de segurança. Mesmo assim, representantes do setor ainda reivindicam uma melhor articulação do governo em função da segurança rodoviária para o setor de transportes.

E essa solicitação não deve ser ignorada. O Brasil é o país que possui a maior concentração rodoviária de transporte de cargas dentre as principais economias do mundo. A malha rodoviária concentra 61% do escoamento da produção do país. Isso representa que quase tudo que é produzido aqui viaja pelas estradas brasileiras para chegar a seu destino, ficando à mercê de redes criminosas que concentram suas ações nos itens que mais lhe proveriam lucros.

Assim, os produtos mais procurados nos roubos são relacionados ao tráfico, como cigarros, eletrodomésticos, produtos alimentícios, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, produtos químicos, autopeças e têxteis e confecções. Por essa razão também, a maior parte dos assaltos, 78%, ocorre em áreas urbanas, sendo a sua maioria realizada pela manhã. Assim, apenas 22% dos assaltos acontecem em rodovias, onde as quadrilhas dão preferência ao período da noite.

O presidente NTC&Logística, se mostra otimista, “o que sabemos é que temos que continuar fazendo um trabalho integrado na repressão, cobrando uma legislação mais punitiva, além de atrelar informação e tecnologia buscando todas as frentes para tentar atenuar ao máximo esse delito”. Já o Vice-presidente de segurança da entidade comenta que o trabalho integrado com as polícias, vem trazendo grandes resultados e isso deve continuar para que no próximo ano os estados mais afetados como São Paulo e Rio de Janeiro possam ter uma diminuição considerável”.

Fonte: www.portalntc.org.br

Ministério da Economia deu parecer contrário ao fim do tabelamento de frete

O Ministério da Economia deu parecer contrário ao fim do tabelamento de frete rodoviário no país, proposto por duas emendas de deputados da bancada ruralista do Congresso à Medida Provisória da Liberdade Econômica.

A equipe econômica já recomendou ao futuro relator da MP na comissão mista, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), a rejeição das emendas “jabuti” (estranhas ao conteúdo original da lei). Ambas consideram que a tabela de frete não funcionou e só trouxe prejuízos para empresas e transportadores autônomos.

Dentro do governo, apesar de a ministra Tereza Cristina (Agricultura) já ter se posicionado diversas vezes contra a tabela, em linha com o agronegócio, os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura) vêm conseguindo até agora conter a insatisfação dos caminhoneiros autônomos com aumentos de preço no óleo diesel.

Quanto à emenda do deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), que pede a revogação da Lei do Piso Mínimo de Frete – sancionada em 2018 para por fim à greve dos caminhoneiros -, a Economia disse se tratar de uma “decisão política” e que demandaria estudo aprofundado para avaliar impactos de curto e longo prazos.

Goergen, integrante da bancada ruralista, disse que a decisão de incluir ou não no relatório as emendas que pedem a nulidade da tabela de frete é decisão que depende de negociação entre lideranças de caminhoneiros e entidades empresariais como a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Se for fechado algum acordo entre empresas e caminhoneiros que viabilize a sanção, não vejo nenhum problema em acatar as emendas. Caso contrário, o presidente Bolsonaro poderá vetar esse ponto do frete”, afirmou o deputado. “Mas não quer dizer que vou acatar tudo que o governo quer.”

Revogar a lei do frete mínimo faz parte da estratégia que vem sendo retomada por diversas entidades de classe empresarial, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a própria CNI, que chegaram a ingressar com ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da tabela.

A comissão mista de deputados e senadores que analisará a MP foi instalada na semana passada, mas o início de suas atividades, que estava previsto para ontem, foi adiado para a próxima semana. O relator disse que está preocupado com os prazos de tramitação e que fará um calendário enxuto. Das 301 emendas propostas ao todo, o parecer do Ministério da Economia aceita 50, acata parcialmente 68 e rejeita 183.

Fonte: www.valor.com.br

Marcado para 4 de setembro no STF o julgamento sobre a tabela de frete

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, marcou para o dia 4 de setembro o julgamento de processos contra a política de preços mínimos do frete rodoviário. A medida foi tomada pelo governo Michel Temer como resposta à greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado.

Ingressaram com as ações a Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR Brasil), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No início do mês, o ministro Luiz Fux pediu a inclusão do item na pauta do plenário.

A ATR-Brasil, a CNA e a CNI apontam desrespeito aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência com a adoção do tabelamento do frete. Em manifestação encaminhada ao Supremo em abril, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que a medida não fere a Constituição Federal. Segundo Raquel, a regulação dos preços é uma forma legítima de enfrentar uma situação excepcional de crise e assegurar a regularidade do mercado.

“A regulação estatal de preços é legítima para fazer frente à situação excepcional de crise, a fim de assegurar a regularidade do mercado e preservar os princípios da dignidade humana e da valorização do trabalho”, escreveu Raquel Dodge.

Fonte: www.economia.estadao.com.br

Empresa de transporte de passageiros é condenada e obrigada a regularizar a jornada dos motoristas

Empresa de ônibus foi condenada em ação civil pública (ACP) proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e está obrigada a promover a regularização imediata da jornada de trabalho de motoristas. A decisão é da juíza Renata Batista Froes de Aguilar, da 2ª Vara do Trabalho de Governador Valadares, que acatou um pedido de antecipação de tutela e impôs à empresa o cumprimento de obrigações.

Em julho de 2018, o MPT instaurou inquérito civil (IC) após receber sentenças em que irregularidades na jornada de trabalho resultaram na condenação da empresa, que atua no segmento de transporte rodoviário de passageiros. As condenações nas ações individuais se deram em razão da ausência de pagamento de horas extras e da não concessão de intervalos intra e interjornada e repouso semanal. As irregularidades foram constatadas pelo MPT por meio da análise de documentos apresentados pela própria ré no curso no processo e de pesquisas de condenações da empresa em várias ações individuais.

“A conduta da empresa coloca em risco a coletividade de motoristas e passageiros em geral que trafegam pelas rodovias do país, os quais podem ser alvos de graves e irreversíveis lesões passíveis de serem provocadas por motoristas que exercem suas funções por longas jornadas, exauridos física e mentalmente”, alertou na ação o procurador do Trabalho que apura o caso, Max Emiliano Sena. O Ministério Público do Trabalho propôs à empresa um acordo extrajudicial por meio da assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC). A ré, entretanto, manifestou-se contrariamente.

Ao analisar os pedidos formulados pelo MPT na inicial, a juíza considerou que “a inobservância da jornada legal e dos intervalos intrajornada, vai de encontro ao princípio constitucional do valor social do trabalho e da dignidade da pessoa humana”.

Dessa forma, a Justiça determinou a ré observar a jornada laboral de seus condutores, que será de oito horas, sendo permita a prorrogação por até 4 horas extraordinárias, observando a legislação ou convenção de coletiva de trabalho (CCT). Além disso, os profissionais terão direito ao intervalo mínimo de uma hora para refeição, que pode ser dividido em dois períodos e coincidir com o tempo de parada obrigatória na condução do veículo.

A empresa está obrigada também a registrar de forma efetiva os horários de entrada, saída e repouso dos seus empregados e proibida de praticar o controle uniforme de jornada, conhecida como marcação “britânica”. A juíza também fixou uma multa de R$ 1 mil por cada obrigação descumprida.

Fonte: www.mtp.mp.br

Segundo pesquisa, motoristas de caminhão são favoráveis ao Exame Toxicológico

Criado em 2015, com a lei Nº 13.103, de 2 de março daquele ano, o exame toxicológico obriga os motoristas profissionais, que tenham carteira nacional de habilitação nas categorias C, D e E, a realizarem coleta de cabelo, pelos ou unhas para verificação da presença de drogas no organismo. O exame detecta o uso de diversos tipos de substâncias, como rebite, maconha e cocaína, até 90 dias após o uso.

O exame é obrigatório para tirar a carteira de motorista profissional, na renovação da CNH e também na contratação e dispensa de motoristas que trabalhem como empregados.

Nessa semana foi apresentado pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que altera e atualiza o Código Brasileiro de Trânsito. Entre diversos itens presentes no projeto, está o fim da exigência do exame toxicológico.

Apesar do exame ser considerado caro, por custar para o caminhoneiro mais de R$ 200,00, os motoristas profissionais se mostram favoráveis a ele, e contrários à proposta que desobriga o teste.

Enquete realizada pelo Blog do Caminhoneiro na manhã de 07 de junho, mostra que mais de 69% do público que nos acompanha nas redes sociais é favorável ao exame. Mais de 1.700 seguidores responderam à enquete.

A maioria dos argumentos usados pelos caminhoneiros para serem favoráveis ao exame é a segurança nas estradas. Apesar disso, muitos se mostram contrários ao fato de apenas os motoristas profissionais serem obrigados a fazerem o teste. Muitos seguidores cobram a ampliação dos exames para as categoria A e B da CNH.

Os motoristas favoráveis ao exame também pedem que os exames sejam mais rápidos e baratos para os motoristas, que muitas vezes chegam a ficar impossibilitados de trabalharem pela demora dos resultados.

Os caminhoneiros também dizem que é necessário que exista uma fiscalização mais rígida, com punição e até perda da licença, para laboratórios que vendam exames com resultados falsificados.

Os motoristas que se mostram contrários ao exame dizem que quem não usa nenhuma droga se submete ao teste e passa sem problemas, mas que quem usa drogas burla o exame. A prática foi tema de reportagem até no Fantástico, da Rede Globo, em abril.

O projeto de lei apresentado pelo Presidente Bolsonaro será analisado na Câmara dos Deputados e no Senado, e não há prazo para aprovação definitiva.