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Levantamento afirma que quase 50% dos caminhoneiros com jornada excessiva usam drogas

Levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho do Mato Grosso do Sul (MPT 24ª Região) afirma que quase metade dos motoristas profissionais com jornadas de mais de 16 horas diárias usam drogas. O estudo foi feito em abril, na BR-163.

O estudo ainda afirma que entre os caminhoneiros que dirigem menos diariamente, cerca de 13 horas de jornada diária, o índice de uso de drogas caí para 12,9%.

De acordo com o Procurador do Trabalho, Paulo Douglas Almeida de Moraes, esses números servem de alerta para a intenção do Governo Federal de retirar a obrigatoriedade do Exame Toxicológico para os motoristas profissionais, com CNH C, D ou E.

O Procurador ainda informa que o MPT-MS vem acompanhando o transporte rodoviário de cargas há dois anos, e também o nível do uso de drogas após a lei 13.103/2015 entrar em vigor.

Essa lei prevê que os motoristas profissionais sem submetidos a exames que detectam a presença de drogas no organismo nos últimos 90 dias. Esses exames são realizados mediante a coleta de cabelo, pelo ou unhas com o objetivo de detectar o consumo dessas substâncias psicoativas que comprometam a capacidade de direção.

De acordo com dados do MPT, antes do exame toxicológico entrar em vigor, em 2015, aconteceram no Brasil 41.862 acidentes envolvendo caminhões e ônibus. Dois anos depois, em 2017, foram 27.032 acidentes envolvendo esse tipo de veículos.

Se a obrigatoriedade do exame for mesmo derrubada após o projeto apresentado pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro for mesmo aprovado na Câmara dos Deputados e Senado e sancionada pelo presidente, o MPT-MS vai entrar com uma ação questionando a constitucionalidade da lei.

Pesquisas mostram que motoristas de caminhão são os profissionais que mais morrem em acidentes durante o trabalho

Pesquisas realizadas por diferentes institutos constataram a dura realidade dos caminhoneiros brasileiros. Além da árdua jornada de trabalho, eles são alvo de crimes e acidentes de trânsito nas rodovias.

Em janeiro deste ano, a Confederação Nacional do Transporte entrevistou mais de mil caminhoneiros e 64,6% deles afirmaram que um dos maiores problemas enfrentados na profissão são os crimes. E 49,5% relataram já ter recusado um serviço por medo de serem alvo de roubos e assaltos.

Dados do Ministério da Saúde de 2018 dão conta que no período entre 2007 e 2016, os caminhoneiros lideraram as mortes de trânsito relacionadas à profissão, representando 13% do total de apurações.

Dentre as causas dos acidentes envolvendo caminhoneiros está o não cumprimento do descanso estabelecido pela Lei Nº 13.103/2015, também conhecida como Lei do Motorista. Segundo um outro estudo, realizado pela Unifesp, quando uma pessoa fica mais de 19 horas sem dormir, pode perder os reflexos de forma equivalente ao que acontece com pessoas embriagadas.

Transportadora é condenada a pagar adicional de periculosidade a motorista que conduzia caminhão com tanque reserva de 360 litros de capacidade.

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma transportadora de São Paulo a pagar o adicional de periculosidade a um motorista carreteiro que conduzia caminhão com tanque reserva com capacidade de 360 litros. Na decisão, a Turma seguiu o entendimento do TST de que é devido o adicional quando o veículo possuir um segundo tanque extra ou reserva com capacidade superior a 200 litros, mesmo que seja para consumo próprio.

O juízo do primeiro grau havia deferido o adicional de periculosidade ao motorista. No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) afastou a condenação com fundamento no laudo pericial, em que se constatou que os dois tanques eram originais de fábrica e se destinavam ao consumo do veículo. Para o Tribunal Regional, o motorista não estava exposto a risco.

Risco acentuado

O relator do recurso de revista do empregado, ministro José Roberto Pimenta, observou que, no entendimento do TST, a utilização de tanque suplementar com capacidade superior a 200 litros assegura o direito ao adicional de periculosidade, pois se equipara a transporte de inflamável. “Tendo em vista a capacidade máxima de armazenamento dos dois reservatórios do caminhão, o motorista chegava a conduzir 720 litros de combustível. Tal volume se revela significativo, caracterizando risco acentuado”, afirmou.

De acordo com o ministro, é indiferente se o combustível é armazenado em tanques originais de fábrica, suplementares ou alterados para ampliar a capacidade do tanque original. “O que submete o motorista à situação de risco é a capacidade volumétrica total dos tanques, nos termos do artigo 193, inciso I, da CLT e do item 16.6 da Norma Regulamentadora 16”, concluiu. A decisão foi unânime.

Fonte: www.tst.jus.br

Fim do adesivo do RNTRC é anunciado pelo Ministro da Infraestrutura

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou pelas redes sociais que a ANTT não irá mais exigir a instalação do adesivo de identificação do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas.

A medida parte de uma orientação do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que visa reduzir custos e diminuir a burocracia sem sentido, que só dificultam a vida do trabalhador e dos empresários brasileiros.

A partir de agora os caminhões serão fiscalizados exclusivamente por meio eletrônico, via consulta de placas. A decisão da ANTT também altera os valores das multas para transportadores que criavam dificuldade à fiscalização, como ter o adesivo rasurado. A multa era de R$ 5 mil, e baixou para R$ 550.

Os dois temas eram demandas dos transportadores há bastante tempo. A resolução 5.847/2019 da ANTT passa a vigorar daqui a 30 dias. A ANTT publicou a medida hoje no Diário Oficial da União, alterando as resoluções anteriores que tratavam do assunto:

RESOLUÇÃO Nº 5.847, DE 21 DE MAIO DE 2019

Altera a Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015, que regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC; e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, no uso de suas atribuições, fundamentada no Voto DMV – 144, de 17 de maio de 2019, e no que consta dos Processos nos 50500.314588/2019-31 e 50500.315144/2019-13, resolve:

Art. 1º Alterar a Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015, que regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e dá outras providências, passando a vigorar com a seguinte redação:

“Seção VII

Da identificação eletrônica dos veículos

(…)

Art. 36. Constituem infrações, quando:

I – o transportador, inscrito ou não no RNTRC, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar a fiscalização durante o transporte rodoviário de cargas: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

V – o TRRC:

c) impedir, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar o acesso às dependências, às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

…”

Art. 2º Revogar o artigo 18 e a alínea “d” do inciso V do artigo 36 da Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor 30 (trinta) dias após sua publicação.

Fonte: www.unicam.org.br

Com o objetivo de se “livrar” da Tabela de Frete, indústria investe em transportadora própria

A Predilecta, empresa do setor de alimentos, teve que paralisar sua produção no ano passado, por conta da greve dos caminhoneiros, e também sentiu os efeitos da tabela do frete mínimo. De acordo com a empresa, a alta nos custos fez o faturamento cair cerca de 20% em 2018.

Para evitar que o problema se repita, a empresa investiu R$ 15 milhões na compra de 25 caminhões e implementos para a TransPredi, empresa do grupo, que agora tem 180 veículos. Com isso, mais de 70% dos transporte de produtos da Predilecta é feito por caminhões próprios. Antes, esse número era de menos de 55%.

O diretor da Predilecta, Bruno Trevizaneli, avalia que os prejuízos da paralisação dos caminhoneiros são “incalculáveis”. “Na época, o frete subiu 30% em uma semana. Imagine mandar uma carreta para determinada região pagando de frete 30% sobre valor da mercadoria. Fomos obrigados a deixar de vender para alguns locais”, explica.

Apesar do investimento feito recentemente, a empresa não prevê a compra de novos caminhões por conta da retração do mercado de consumo. Mas, se a situação melhorar, a empresa não descarta ampliar a frota. A Predilecta é a maior processadora de goiaba vermelha do mundo e a maior empresa nacional de tomate e milho verde”

Fonte: revistagloborural.globo.com

Última sessão da Tabela de Frete será realizada em Brasília pela ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai realizar, nesta quinta-feira (23/5), a última sessão presencial da Audiência Pública nº 002/2019, que visa estabelecer as regras gerais, a metodologia e os indicadores dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, instituído pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, conhecida como Tabela de Frete.

As sessões presenciais têm o objetivo de colher as manifestações do setor, caminhoneiros, transportadores, agentes do setor de logística de transportes e demais públicos, sobre a metodologia proposta para se calcular a tabela.

Os interessados em dar sugestões/contribuições também podem fazê-lo por meio eletrônico, no site da ANTT, até o dia 24 de maio de 2019, às 18 horas (horário de Brasília).

Última sessão presencial da Audiência Pública nº 002/2019:

  • Brasília – DF
  • Data: 23 de maio de 2019
  • Horário: Das 13h00 às 18h00
  • Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES, Trecho 3 Lote 3, Instituto Serzedello Corrêa – Auditório do ISC/TCU
  • Capacidade: 300 lugares

Fonte: diariodotransporte.com.br

Estados Unidos começam testes de entregas do Correio com caminhões autônomos

O Serviço de entrega dos EUA realizou uma parceria com a TuSimple para testar os caminhões autônomos

O USPS, Serviço Postal dos Estados Unidos, iniciou um teste de entregas de correspondência com caminhões autônomos. Os veículos são da TuSimple, startup de veículos autônomos. Inicialmente, as entregas serão realizadas com um motorista de segurança atrás do volante e um engenheiro como passageiro.

Os caminhões começarão as entregas em Dallas e Phoenix, com o objetivo de medir a possível melhoria em custos e rapidez nas entregas. Phoenix é uma cidade famosa por sua visão positiva quanto aos carros autônomos, sendo o principal local de testes para a Waymo, empresa de carros autônomos do Google.

Os testes serão realizados em cinco viagens (de ida e volta), somando 45 horas. “Realizar esse piloto para a USPS nesse corredor comercial em particular nos dá cases específicos de uso para validar nosso sistema e acelerar nosso desenvolvimento tecnológico e progresso de comercialização”, disse o Dr. Xiaodi Hu, fundador e presidente da TuSimple, no anúncio.

A TuSimple afirma que seus caminhões autônomos são mais seguros porque podem “ver melhor e reagir mais rápido que humanos em dias ensolarados ou chuvosos, noite ou dia”. Criada em 2015, a empresa possui veículos autônomos nível 4 (dos 5 possíveis). Em uma pesquisa da KPMG, os Estados Unidos foi considerado o 4º país mais propenso a receber esse tipo de veículo.

Fonte: www.startse.com

Suécia já iniciou a realização de entregas com caminhões autônomos

Expectativa é de expandir para outras estradas da Suécia e para os Estados Unidos

Caminhões elétricos autônomos desenvolvidos pela sueca Einride e pela empresa de logística DB Schenker começaram a realizar entregas na Suécia nesta terça-feira (15/05). Segundo a Reuters, os veículos realizarão entregas diárias em uma rodovia específica no país.

A expectativa agora é de receber permissão para operar em outras rodovias da Suécia e expandir para outros países. Para Robert Flack, presidente-executivo da companhia, os Estados Unidos será o primeiro mercado a avançar nesse setor.

Testes com caminhões autônomos foram aprovados há um mês na Califórnia. A medida é direcionada para caminhões considerados leves, com peso inferior a 4,5 toneladas. Atualmente, 62 empresas possuem licenças para testes no local – como a Volkswagen, Mercedes, Honda, Toyota, BMW e Tesla. Ainda no mesmo mercado, a Waymo, do Google, também está investindo. Os veículos começaram a fazer entregas em março, em Atlanta, nos Estados Unidos.

No Brasil, no ano passado, a Volvo testou a utilização de carros autônomos para a colheita de cana-de-açúcar. Após os testes, os caminhões serão utilizados em uma mineração norueguesa.

Fonte: www.startse.com

Deputados utilizam MP da “liberdade econômica” para proibir tabelamento de frete

Deputados querem aproveitar a conversão da MP 881/2019 em lei para proibir o tabelamento de frete no Brasil. A MP foi anunciada pelo governo federal para desburocratizar a atividade econômica no país. Já o tabelamento foi instituído pelo governo Michel Temer para atender às exigências das transportadoras que entraram em greve em 2018. Os deputados Pedro Lupion (DEM-PR) e Alexis Fonteyne (Novo-SP) apresentaram emendas à conversão da MP em lei para evitar que essas exigências sejam atendidas de novo.

Para o deputado Pedro Lupion, autor da emenda 239), a lei de Temer feriu a livre concorrência e tem gerado prejuízos para a economia nacional e para caminhoneiros. “Após um ano de vigência da lei, observa-se a ineficiência e prejuízos econômicos decorrentes da instituição de um tabelamento que distanciou da realidade do mercado, gerando prejuízos para os caminhoneiros e para a economia nacional”, ele diz.

Alexis Fonteyne é o autor da segunda emenda, a 259. Na justificativa, ele diz que a Lei do Frete faliu. Prova disso são as ameaças de novas greves gerais pelos caminhoneiros autônomos, que não foram resguardados. “A internalização e verticalização do frete pelas empresas imposta pela lei prejudicou ainda mais o caminhoneiro autônomo”, explica o deputado.

O deputado ainda diz que houve uma “bolha do frete” causada pela intervenção do governo via crédito subsidiado do BNDES. “A solução não é mais intervenção, pelo contrário, é deixar que o mercado volte a seguir o binômio demanda e oferta.”

Fonte: www.conjur.com.br

Somente no 1º trimestre desse ano, 21 startups se tornaram unicórnios na China

Segundo dados do Instituto de pesquisa Hurun, a China já possui mais de 200 unicórnios.

O Instituto de Pesquisa Hurun, publicou nesta terça-feira (7) um estudo sobre unicórnios (startups com pelo menos US$ 1 bilhão em valor de mercado) do primeiro trimestre do ano. De acordo com o relatório, o país asiático teve 21 novos unicórnios no período, praticamente o dobro do mesmo período de 2018.

As duas principais áreas para as startups de sucesso foram inteligência artificial e logística. O estudo destaca a pony.ai, que desenvolve tecnologias para carros autônomos, como um dos destaques do trimestre.

O estudo ainda confere a 70 empresas o status de “unicórnios do futuro”, com previsão de alcançar a valuation de US$ 1 bilhão em até três anos. Vale o destaque para os aportes de outras gigantes de tecnologia, como Tencent, Alibaba e Xiaomi, que impactaram diretamente um terço dos unicórnios potenciais.

O instituto calcula que a China atingiu um total de 202 unicórnios. Entretanto, Hur Un, presidente do Instituto de Pesquisa, tem ressalvas diante do ‘boom’ de startups. “Destes unicórnios, acredito que 20% provavelmente vão sucumbir”, prevê. “A maioria dos outros vão tornar-se públicos com sucesso. Não mais que 10% deles vão ser adquiridos”.

Fonte: www.startse.com