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Transportadoras dos EUA começam a buscar profissionais em outros países

Depois de anos sofrendo para encontrar profissionais dentro das próprias fronteiras, os transportadoras dos Estados Unidos começam a buscar profissionais de outros países para suprir a demanda por novos caminhoneiros. A notícia, publicada pelo portal Bloomberg, destaca que a busca começou na África do Sul.

Uma das primeiras empresas a entrar nesse programa é a Groendyke Transport Inc., que buscou uma agência de recrutamento da África do Sul para contratar os motoristas estrangeiros.

O problema da falta de motoristas se acentuou depois da pandemia. Muitos motoristas foram demitidos quando os níveis de fretes caíram a patamares muito baixos no início da pandemia, em abril do ano passado. Quando a economia voltou a girar, poucos meses depois, esses profissionais simplesmente buscaram outras profissões, desistindo do volante.

Além disso, como a idade média dos caminhoneiros é alta, um número muito grande tem se aposentado, e a pandemia também acelerou aposentadorias de motoristas que ainda trabalhavam, apesar da idade avançada.

A falta de motorista impacta até as empresas aéreas, que não conseguem abastecer as aeronaves por falta de transporte do combustível.

“Estamos vivendo a pior falta de motoristas que vimos na história recente, de longe”, disse Jose Gomez-Urquiza, diretor executivo da Visa Solutions, uma agência de imigração com foco no setor de transporte.

A visa Solutions dobrou de tamanho do ano passado para cá, exclusivamente pela alta demanda de motoristas.

Apesar das empresas buscarem a solução fora dos Estados Unidos, os candidatos enfrentam uma série de barreiras, como regras de imigração complicadas e limites para os vistos de trabalho. Alguns representantes do setor de transportes, no entanto, veem uma abertura para superar alguns desses obstáculos depois que a administração do Presidente Norte-Americano, Joe Biden, criou uma força-tarefa para resolver os problemas da cadeia de abastecimento que impedem a recuperação econômica.

No mês passado, o secretário de transportes Pete Buttigieg, o secretário do Trabalho Marty Walsh e Meera Joshi, vice-administradora da Federal Motor Carrier Safety Administration, realizaram um encontro com a indústria de transportes do país para discutir os esforços para melhorar a retenção de motoristas e reduzir a rotatividade.

Entre as medidas que a indústria está buscando é reduzir a idade mínima de 21 para 18 anos para motoristas interestaduais e adicionar o transporte rodoviário à lista de indústrias que podem contornar alguns dos processos de certificação de imigração do Departamento do Trabalho.

Alguns setores enxergam as medidas como verdadeiras bênçãos. Andre LeBlanc, vice-presidente de operações do Petroleum Marketing Group, que supervisiona o fornecimento de combustível para cerca de 1.300 postos de combustíveis, principalmente no nordeste dos EUA, diz que alguns desses depósitos tiveram escassez por até 12 horas.

“Simplesmente não podemos reabastecê-los, porque não temos os motoristas qualificados”, disse ele, estimando que o grupo precisa de cerca de mais 40 motoristas para operar em plena capacidade. Enquanto isso, dos 24 motoristas que a empresa tentou contratar por meio de um programa federal de imigração, apenas três passaram por todas as etapas do processo de verificação.

“Neste momento temos 21 motoristas qualificados, que podem vir ao país da maneira certa e estão prontos para vir aqui resolver este problema. Parece que não conseguimos obter uma resposta exata sobre o que precisamos fazer para seguir em frente”, completou o executivo.

Outro problema enfrentado atualmente pelas transportadoras é que, no ano passado, as escolas de formação de motoristas profissionais ficaram a maior parte do tempo fechadas, devido à pandemia.

Estimativas de 2019 apontavam que os EUA precisavam de 60 mil motoristas, de acordo com a American Trucking Associations. Esse número deve aumentar para 100.000 até 2023, de acordo com a entidade.

Além de candidatos da África do Sul, os canadenses também estão sendo procurados. O diferencial deles para os cidadãos de outros países é a língua. Geralmente, eles já falar inglês fluentemente, o que facilita a obtenção da documentação necessária.

Algumas entidades, no entanto, ressaltam que a importação de profissionais pode acarretar mais problemas para o setor, devido às diferenças culturais e de legislação. Esses motoristas estrangeiros, após resolverem toda a burocracia da documentação, precisam ainda passar pela escola de motoristas e obter a carteira de motorista profissional dos Estados Unidos, a CDL, que permite a condução de caminhões de grande porte. Muitos também precisam se adaptar com a direção dos veículos à esquerda, já que países, como a África do Sul, tem o volante à direita.

A empresa A&M Transport é outra que tem investido na contratação de estrangeiros. Andrew Owens, CEO da A&M, está procurando resolver sua falta de motoristas com mão de obra de imigrantes do México, Europa, África do Sul e Canadá.

A empresa de entregas trouxe 20 trabalhadores estrangeiros no ano passado, mas Owens gostaria de contratar pelo menos mais uma dúzia para atender às necessidades imediatas da empresa. Ele está aguardando aprovações desde 2017 para um contrato com 15 trabalhadores, dos quais apenas dois estão em processo que, segundo lhe disseram, levaria cerca de 13 a 18 meses.

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